Análise PPRs Dinâmicos

Artigos que fiz como apoio às sessões de Coaching Financeiro da Future Proof
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Virtua
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Análise PPRs Dinâmicos

Mensagem por Virtua »

Fartos de ouvir que os serviços profissionais são algo apenas para milionários, a Future Proof lançou um serviço de apoio à literacia financeira e suporte personalizado na criação de planos de investimento.

Financial Coaching

Como complemento a essas sessões, temos escrito vários artigos. Este é um deles.

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Análise PPRs 100% acções

Depois de na semana passada fazer a análise de PPRs 100% acionistas esta semana volto com PPRs dinâmicos, ou seja, pelo menos com 50% acções em termos de alocação.

Aqui é também complicado compararmos porque estes ETFs têm vários tipos de alocações e temos sempre de ter em atenção o risco. Ou seja, neste análise o rácio de Sharpe ganha ainda mais importância, pois embora possamos não saber a percentagem que cada PPR tem de acções, podemos ver e analisar o desvio padrão e ver o mais ou menos arriscados e ver se o risco extra é justificado em termos de retorno.

Infelizmente estes ETFs e muito dos PPRs analisados são recentes, por isso esta análise será sempre de relativamente curto prazo, principalmente para produtos que se querem para longo prazo. Mas o tempo passa rápido e vamos continuarão só a analisar ao longo do tempo como me parece que poderá haver alguns PPRs interessantes a discutir (tenho a dizer que fiquei surpreendido com a performance do PPR da SGF baseados em ETFs (seja o PPR ETF ou o do Dr. Finanças, a discutir mais em baixo).

**Análise desde 2021**

A primeira e mais longa análise é apenas desde 2021-02-18, quando os lifestrategy começaram. Apanhamos mesmo assim alguns PPRs, O SMART Dinâmico do Invest, o SGF Stoik e o Optimize activo.

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Assim, à primeira vista o único que me parece que se safa é o SMART Dinâmico, com uma performance muito em linha com o V60A. Podemos assim assumir que o SMRT dinâmico se assemelha muito a uma clássica carteira 60/40.

Vamos ver os dados mais pormenorizado para termos a certeza da nossa idea ao visualizar o gráfico.

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Como podemos ver de facto o retorno anualizado do SMART dinâmico é muito semelhante ao Vanguard Lifestrategy 60. Contudo é obtido com uma maior quantidade de risco, mais em linha com um possível V70A. Ou seja assim a olho parece-me que se alinhássemos o risco dos Vanguard com o risco do Smart Dinâmico conseguiríamos algo com um CAGR a rondar os 6.75% (50% VA60 + 50% VA80).

Isso já seria uma diferença algo significativa, por isso é que eu digo que devemos olhar sempre para o risco também, e analisarmos o retorno tendo sempre em consideração o risco.

**Análise a 12 meses**

Iremos ver agora os últimos 12 meses. Por um lado para vermos se a ideias que tínhamos na análise mais longa se mantem como incluí o PPR do Dr. Finanças (da SGF). O PPR do Dr. Finanças começou em 2022-10-05, então porque não fazer uma análise desde essa altura? Irei deixar aqui dois gráficos no fim do post como anexo para mostrar o quanto os PPRs da SGF sofrem para começar a ter uma melhor performance. Durante os primeiros 6/7 meses a performance é miserável, seja por má gestão no início ou custos elevados devido a baixos AUMs.

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Como podemos ver o SGF_FIN (PPR SGF Dr. Finanças) portou-se muito bem, pelo menos assim olhando para o gráfico de comparação. Vamos ver como foi o desvio padrão e se esta performance está em linha com os Vanguard em termos de rácio de Sharpe.

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Embora ligeiramente abaixo dos VA Lifestrategy a verdade é que o Sharpe do SGF_FIN não é assim tão abaixo da performance dos Vanguard em termos de Sharpe (o que quer dizer que se fizéssemos um ajuste estilo V70A o CAGR não seria muito inferior). Por outro lado temos um MAX DD mais elevado. Ou seja, a maior queda do SGF_FIN foi até maior do que a do V60A (o período em Julho/agosto de 2024), portanto, dependendo de como medimos o risco o SGF_FIN poderemos achar até que tem maior risco que o V60A. Isso reflete-se depois num MAR mais baixo (o MAR é uma medida de risco que tem em consideração o Retorno (CAGR) e o MAX DD (a maior queda)).

Dito isto, tenho que admitir que fiquei surpreendido pela positiva. Relembro que alocação mais actual deste ETF é cerca de 6% em Ouro, 4.5% em obrigações mundiais, 80% MSCI World e 5% em mercados emergentes, tudo em ETFs. Podem ver mais detalhado aqui (https://goldensgf.pt/wp-content/uploads ... nancas.pdf)

**Análise desde Abril 2024**

Incluo esta análise mesmo para podemos analisar um PPR que é muito discutido o SGF ETF. Tal como o PPR Dr. Finanças começou com o pé esquerdo (ver anexo) mas entretanto parece que já lhe apanhou o jeito e que a performance se começa a alinha com o que era esperado do ETF

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Uma coisa que tenho de avisar é que na tabela em baixo as rentabilidades estão anualizadas, não são as efectivas. Tenho de corrigir o código para passar a ter as efectivas se o período em análise foi inferior a um ano. A alternativa foi entre corrigir o código e colocar este post para a semana ou colocar esta semana com esta pequeno ressalvo. Se quiserem ver a rentabilidade efectiva é mesmo melhor olharem para o gráfico, que com base 100 torna-se simples de ver a rentabilidade.

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Quer os Vanguard Lifestrategy quer que os PPRs de ETFs apresentaram um Sharpe anualizado neste período acima dos 1.5. Ou seja, já esperávamos que os PPRs apresentassem uma performance inferior devido aos custos mas realmente parece-me a única diferença e que as carteiras dos PPR estarão relativamente bem feitas e a portarem-se dentro do esperado. Torna a matemática da coisa mais simples, se só tivermos que ter em consideração os custos e não uma eventual underperformance.

Aproveito para dizer que sou bastante contra o uso de ETFs acionistas com cobertura cambial como o PPR GOLDEN SGF ETF incluiu recentemente na carteira (embora apenas 3.6%) pois a cobertura cambial tem custos muito elevados (neste momento custo de hedging EUR-USD anda pelos 1.4% anual e EUR-JPY custos de... pasmam-se... 2.5% ao ano). No ISHARES MSCI WORLD UCITS ETF Eur Hdg Estados Unidos representa 76% e Japão 5%. Façam as contas para ver quanto custa fazer cobertura cambial de um activo 85% em moeda que não o euro.

Conclusão:

Diria que ambos os PPRs que são baseados em ETFs são minimamente aceitáveis, se o caminho escolhido é os PPRs, ou se pretendem transferir de outros PPRs. Penso que os períodos analisados são muito curtos para chegarmos a uma boa conclusão mas pelo menos não é o descalabro que eu inicialmente pensava que iriamos ver. Uma menção honrosa para o Smart Dinâmico mas mesmo assim abaixo dos PPRs de ETFs.

P.S. as comparações são feitas com as cotações "puras". Ou seja, as rentabilidades são liquidas de comissões mas brutas de impostos

Anexos:

Performance lastimável de PPR da SGF quando estão a começar:

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Este é o post 006 e qualquer código e imagens criadas e usadas no post pode ser encontrado aqui no respectivo repositório do GitHub

Continuação de bons negócios
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