Discussão Sobre Mercados

[Virtua]

Os rendimentos da dívida pública de longo prazo estão a subir nos EUA e noutras economias avançadas, com os títulos do Tesouro norte-americano a 30 anos a manterem-se acima dos 5% desde 21 de maio. A aprovação do novo orçamento de Donald Trump, que agrava o défice, intensificou os receios dos investidores sobre a sustentabilidade fiscal dos EUA.

O impacto sente-se globalmente, com o Reino Unido, Alemanha e Japão também a registarem máximos nos seus custos de financiamento. A inflação persistente e o aumento da despesa pública explicam parte desta pressão, agravada pela retirada de compradores institucionais tradicionais como os fundos de pensões.

Se a procura por dívida continuar a enfraquecer enquanto os governos mantêm elevados níveis de emissão, os custos de financiamento poderão continuar a subir — encerrando, assim, uma era de crédito barato.

Fonte: https://www.economist.com/finance-and-e ... en-trouble

[D@emoon]

"Comissão Europeia apresentará, a 5 de junho, a sua proposta de uma conta de poupança e investimento para promover um acesso “fácil e low cost” aos mercados".

https://fundspeople.com/pt/comissao-eur ... -mercados/

[Virtua]

Apesar da volatilidade dos mercados e das incertezas comerciais, os investidores norte-americanos canalizaram um valor recorde de 437 mil milhões de dólares para fundos negociados em bolsa (ETFs) desde o início do ano — um ritmo que poderá estabelecer um novo máximo anual. Este movimento reforça a tendência de longo prazo de migração dos fundos mútuos para ETFs, impulsionada por vantagens em custos e fiscalidade.

O aumento abrange tanto fundos de ações como de obrigações e ETFs de gestão ativa, com destaque para o ETF da Vanguard sobre o S&P 500 (VOO), que lidera com 65 mil milhões de dólares em entradas líquidas. Muitos investidores aproveitaram quedas do mercado para reforçar posições em ações, enquanto ETFs de obrigações do Tesouro, com rendibilidades atrativas, ganharam tração numa lógica mais defensiva.

O crescente interesse por ETFs de gestão ativa e a possibilidade de transformação de fundos mútuos em ETFs, por via regulatória, sugerem que o setor continuará a expandir-se. Esta procura robusta sublinha a crescente preferência dos investidores por instrumentos flexíveis e eficientes em tempos de incerteza.

Fonte: https://www.wsj.com/finance/investing/e ... _lead_pos4

[Virtua]

Stock markets jumped on Tuesday, with the S&P 500 posting its biggest gain in weeks.

The index rose more than 2 percent, which analysts attributed to President Trump’s delaying a proposed 50 percent tariff on the European Union that he had threatened only a few days earlier.

They also talked about tacos.

Or rather, the “TACO” trade, which is short for Trump Always Chickens Out. The tongue-in-cheek term, coined by a Financial Times columnist, has been adopted by some to describe the pattern in which markets tumble after Mr. Trump makes tariff threats, only to rebound just as sharply when he relents and gives countries more time to negotiate deals.

Fonte: https://www.nytimes.com/2025/05/27/busi ... riffs.html

[JRJordao]

TACO trading, a nova tendência

[Virtua]

...

[Louie]

...

Não sei se isso está atualizado.

A 16/05:



https://www.bloomberg.com/news/articles ... gn=twitter

https://economictimes.indiatimes.com/ne ... s?from=mdr

[Virtua]

[D@emoon]

Tribunal bloqueia tarifas e acusa Trump de ter ultrapassado limites do poder

https://www.sapo.pt/noticias/atualidade ... 13be2d5ba8

[faraine82]

Mais uma moeda mais uma voltinha neste carrocel que é o mandato do Trump

[Louie]

Estive a ver o vídeo e sinceramente não vejo o homem irritado como sugerem várias manchetes por aí fora.
Sobre o termo, bem sei que é uma das novas narrativas anti-trump mas é como ele diz: "it's called negotiation".
A questão é que o status quo não está habituado a esta abordagem e a esta forma de fazer as coisas.
Vejam por vocês:

[Virtua]

Estive a ver o vídeo e sinceramente não vejo o homem irritado como sugerem várias manchetes por aí fora.

Sim, Vi o vídeo hoje de manhã. Também achei exagero. Normalmente a verdade está no meio, como sempre.

A questão é que o status quo não está habituado a esta abordagem e a esta forma de fazer as coisas.

Embora perceba o que dizes, e o que ele disse, não considero que este tipo de negociações como se fosse regatear no bazar em Marrocos a melhor forma de fazer política com impacto mundial.

Achei particular piada porque eu já conhecia o termo. O jornalista do FT que falam é o do único podcast financeiro que tenho ouvido ultimamente (ele não é o único apresentador, há uma mulher Londrina do FT. O humor deles é altamente). O podcast é o Unhedged. O gajo é de Nova York, mesmo sendo do FT. Por acaso até tem uma visão relativamente neutra. O termo foi mais criado no "gozo"/brincadeira do que outra coisa qualquer

[Louie]

não considero que este tipo de negociações como se fosse regatear no bazar em Marrocos a melhor forma de fazer política com impacto mundial.

Sim, a forma é totalmente distinta do habitual e dos "bons modos", mas penso que só mais à frente se poderá fazer o balanço da sua eficácia.
Para já, está a conseguir trazer os parceiros comerciais para a mesa de negociações e a arranjar condições melhores de comércio para os EUA.

Por outro lado, se analisarmos friamente, a forma diplomática e cordial com que normalmente se conduzem as negociações tem sempre resultados pouco práticos.
Realizam-se negociações e debates intermináveis onde quase sempre no fim se concorda em discordar e se chega a uma solução que é sempre mais do mesmo. Pouco muda.
Vemos isso na UE no seu longo e demorado processo de decisão

[Virtua]

Sim, a forma é totalmente distinta do habitual e dos "bons modos", mas penso que só mais à frente se poderá fazer o balanço da sua eficácia.

Não confundas o que pretendo dizer com outras coisas (como o pessoal o achar rude ou assim). Estou a falar que gerir estas políticas desta forma não é a ideal porque cria não só o pânico em muitas cenas, cria disrupções e isso é mau para a economia mundial e americana, como se viu pelo facto de o PIB ter descido (desceu pouco mas a queda no ritmo face ao trimestre anterior foi significativo).

Para já, está a conseguir trazer os parceiros comerciais para a mesa de negociações e a arranjar condições melhores de comércio para os EUA.

Não penso que precisava de criar as disrupções que está a criar na minha opinião. Há pessoas por detrás dos números.

Por outro lado, se analisarmos friamente, a forma diplomática e cordial com que normalmente se conduzem as negociações tem sempre resultados pouco práticos.

Não acho que se tem de deixar de ser cordial, apenas mais determinado. Penso que há um meio termo entre regatear e negociar "à europa" (e sim, sei bem como as coisas aqui são lentas e tenho de aturar isso no dia a dia em termos profissionais. É tudo à velocidade do caracol, principalmente em dias de sol como hoje )

A forma bruta e, pode-se ver como foi com a China, é que discordo. É dizer "Estou disposto a negociar. Venham. Senão....".

Não é "145% de tarifas. Não baixamos. E se eles voltarem a aumentar a gente aumenta tb.". Não se gere economia mundial como um stand de venda de limonadas.

[Louie]

Estou a falar que gerir estas políticas desta forma não é a ideal porque cria não só o pânico em muitas cenas, cria disrupções e isso é mau para a economia mundial e americana, como se viu pelo facto de o PIB ter descido (desceu pouco mas a queda no ritmo face ao trimestre anterior foi significativo).

Percebo o que dizes. De facto é preciso previsibilidade para se decidirem opções de investimento.
Mas também fazer disto o fim do mundo como fizeram, não me parece o mais correto. Eu acho que o pânico foi mais auto induzido que outra coisa.
Já foram postas a circular várias narrativas que o tempo tem desmentido, como se viu há umas semanas atrás e como penso que se continuará a ver nos próximos tempos.

Ainda me recordo quando "os mercados" e seus agentes diziam e faziam "pressão" que os juros teriam de baixar quando os BC's ainda iam a meio da tarefa.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...

Há pessoas por detrás dos números.

Referes-te aos eleitores do Trump?
Convém recordar que é para eles que ele está a governar.
Claro que ninguém quer ver o seu 401k minguar, mas acima de tudo quem votou Trump quer melhores empregos e melhores salários.
Olha, o Trump arregimentou uma pipa de IDE no médio oriente. Alguém fez alarido sobre esse feito?
O alarido que vi foi sobre o avião que lhe foi oferecido...

É tudo à velocidade do caracol, principalmente em dias de sol como hoje

E sexta-feira é só amanhã