Fórum do investidor

O Diogo tem 34 anos e tem 1 PPR e 2 ETF. Ao ouvir um episódio anterior, percebeu que a fiscalidade à saída dos PPR é muito mais vantajosa do que a dos ETF e ficou com uma dúvida: habitualmente, ele coloca o mínimo no PPR para obter o máximo da dedução fiscal e coloca o máximo que pode nos ETF. Será que devia fazer o contrário e investir mais no PPR e menos nos ETF, por causa do benefício fiscal à saída (só paga 8% em vez de 28%)?

https://expresso.pt/podcasts/contas-pou ... --b0d3ba5e

Então o homem já tem ETF Nasdaq e outro mundial (que deve ter pelo menos 60% EUA), e o PA ainda diz para "diversificar" e investir no S&P500 Vá lá que desta vez deu a mão à palmatória e disse que muitos ETF têm uma rentabilidade melhor do que muitos PPR, mesmo com a fiscalidade do PPR, e que muito se deve às comissões de gestão. Algo que curiosamente nenhum jornalista financeiro fala.

Ainda hoje ao ouvir isto, lembrei-me da conversa que tivemos aqui ha uns tempos.

Eu que o defendi, e continuo achar que tem um trabalho com mérito em (tentar) educar minimamente os portugueses sobre literacia financeira, fiquei em modo WTF quando ouvir o que ele respondeu ao ouvinte.

O rapaz já tinha um ETF global, outro de nasdaq e responde-lhe para se meter em mais um, não de obrigações, ouro, small caps..mas SP 500

Vindo dele já se esperava a tirada do S&P 500, visto que no portfolio tem um ETF S&P 500 e outro ETF S&P 500 Information Technologies, o homem gosta mesmo de sobrepor ativos E a ideia de diversificação dele é comprar vários ETFs de ações, todos dos EUA Conseguiu dar a volta e aconselhar o ouvinte a "esquecer" o ETF, e a apostar forte e feio nos PPRs
Mas há uma coisa que temos de dar crédito, desta vez falou dos custos elevados associados ao PPR, só que justifica pelo facto de ter "alguém ou uma equipa a tomar decisões de gestão". O problema é estar-se a pagar mesmo quando são más decisões. Era o mesmo que um clube de futebol não afastasse o treinador, após uma época só de derrotas

Este episódio foi uma coisa surreal...
O homem é bom na questão da poupança, no que toca a investimentos not so much.
O que me está a desiludir bastante é que se o lema dele é educar todos os portugueses sobre literacia financeira então ele também devia apostar em si no que toca a investimentos.